terça-feira, 27 de dezembro de 2011

nova temporada do espetáculo (In)acabada...


CPTA entra em nova temporada na Casa de Cultura Mário Quintana, no início de março de 2012, com o espetáculo (In)acabada...Em breve, mais informações...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

CPTA na PUC-RS


03/09/2011 (IN)ACABADA na Pontifícia Universdade Católica-RS prédio 8 da Arquiteura 20h, entrada franca

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Músico gaúcho é denunciado por crime contra a honra


Há poucos dias, postei em meu blog, um tópico sobre o "maio de 68", que fala exatamente da Ditadura Militar, da repressão que sofreram os
artistas brasileiros...e para minha surpreza, o músico Tonho Crocco foi convocado a comparecer em uma audiência no dia 22 de agosto devido a uma açao movida pelo deputado federal Giovane Cherini(PDT) por "crime contra a honra" . Tonho Crocco compôs um rap(Gang da Matriz) falando sobre o aumento de 73% nos salários dos próprios deputados...Não podemos nos calar diante de um absurdo desses..."Marcha dos cem mil internautas"

terça-feira, 2 de agosto de 2011

CPTA é contemplado pelo FAC(fundo de apoio a cultura)


O CPTA é um dos 30 projetos contemplados no primeiro edital do Fundo de Apoio a Cultura (FAC), lançado pela Secretaria de Estado da Cultura após dez anos de sua criação. Foram inscritos 253 projetos no Edital.
O centro de estudos, pesquisas e discussão teatral atua com características agregadas. Desde sua criação, em 2003, tem como propósito fundamental a criação cênica. O eixo principal do trabalho é o formativo e os processos criativos como elementos de constituição e desenvolvimento do senso crítico e da formação da identidade do ator.
Ator, diretor, autor e produtor cultural, Alexandre Vargas é fundador do C.P.T.A. e do grupo Falos & Stercus. É o idealizador, coordenador geral e diretor artístico do Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre.

Trajetória do CPTA...

No ano de 2003 o ator Alexandre Vargas1 cria o C.P.T.A. - Centro de Pesquisa Teatral do Ator. O principio é aprofundar o conhecimento na arte teatral. Nasce então a pesquisa “CORPO-MENTE/Uma Fronteira Móvel”2. Em 2004 o C.P.T.A. desenvolve — com o Instituto de Artes da Universidade Federal do Estado do Rio Grande do Sul/UFRGS, SESC e com financiamento da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre — o projeto “YOSHI OIDA EM PORTO”3. Traz para o Brasil o ator e diretor Yoshi Oida. Um dos expoentes do trabalho do Centro Internacional de Criações Teatrais, fundado e dirigido por Peter Brook, em Paris. O C.P.T.A. compartilha a presença desse importante nome do teatro internacional, através de atividades de formação: conferência, oficina e lançamento dos livros “Um ator errante” e “O ator invisível”, ambos de Yoshi Oida. O objetivo é a contribuição no processo de construção do C.P.T.A.. Nesse ano o Centro apresenta a performance “Narciso envelheceu”4, dentro da 4° Semana de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Nos anos subseqüentes, 2005 e 2006, o C.P.T.A., recebe financiamento do FUMPROARTE5, implementa a 1º etapa do Centro de Pesquisa e se estabelece no Hospital Psiquiátrico São Pedro na cidade de Porto Alegre. Durante três dias por semana, no período de doze meses, um grupo de 25 atores, elabora e discuti a ação teatral. Nesse processo resulta o espetáculo “Os Sobreviventes: James Beckett e Samuel Joyce”6. Depois de diferentes etapas, em 2007, o C.P.T.A. passa a integrar a programação cultural do SESC/RS. Isto é, se instala nas dependências do SESC de Porto Alegre, pelo período de 2 anos, para realizar suas atividades. Essa cooperação intensifica as atividades de formação em que se destaca a pesquisa e desenvolvimento da linguagem cênica. Na abertura dos trabalhos o C.P.T.A., homenageia o Ator Luis Otávio Burnier7 debatendo “A Cena Contemporânea Brasileira” com Luiz Carlos Vasconcelos8, Carlos Simioni9 e Antonio Araujo10. Em Junho do mesmo ano propõe a discussão sobre o “TEATRO DE RUA NO BRASIL” e “EM BUSCA DA INDIGNIDADE PERDIDA”, com a presença de Amir Haddad11. Em agosto os integrantes do C.P.T.A. realizam “AULA ABERTA COM ORIENTAÇÃO DO ATOR LUIZ DAMASCENO”12. Damasceno é ator, diretor de teatro e professor da EAD – Escola de Arte Dramática/ECA/USP. Fundou com Geraldt Thomas, a Companhia Ópera Seca. O Centro, ainda no SESC, desenvolve em 2008 o “PROJETO A Escada do Desenvolvimento”, onde amplia as possibilidades de recepção crítica do espectador e do ator. Um processo de fomento à leitura e a interpretação da obra em construção e da sua contextualização por uma plateia. Esse projeto Intensifica a relação entre a produção cênica do C.P.T.A. e o público. É uma exposição constante do fazer artístico dos integrantes do C.P.T.A.. Onde uma plateia acompanha o desenvolvimento da criação dos atores e do espetáculo “Aqui o Tempo é Outro”13. Nesse ano realiza o debate “A RECEPÇÃO TEATRAL” com a presença de Flávio Desgranges14, dramaturgo e diretor teatral, professor do Departamento de Teatro da USP. Os atores do C.P.T.A., participam da oficina de interpretação “A CONSTRUÇÃO DO DIÁLOGO INTERNO”, orientada pelo ator e diretor Cacá Carvalho15. Também nesse ano o C.P.T.A., é objeto de estudo de pesquisas acadêmicas: “TEATRO E AUTONOMIA”16 pela atriz Rita Réus, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Educação, Curso de Especialização em Pedagogia da Arte. E “AQUI O TEMPO É OUTRO”: C.P.T.A. - Centro de Pesquisa Teatral do Ator/ Um Caminho Para a Descoberta do Docente pesquisador “De” e “Em” Teatro.”17 pela atriz Fernanda Possamai Bastos, do Departamento de Arte Dramática do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O C.P.T.A. Apresenta, no Teatro do SESC em Porto Alegre, o espetáculo “Aqui o Tempo é Outro”18. Em 2009 esse trabalho em permanente transformação retorna ao Hospital Psiquiátrico São Pedro na cidade de Porto Alegre. Desde sua fundação, mais de uma centena de atores participaram do C.P.T.A., no entanto neste ano não são abertas inscrições para novos atores. O grupo se fecha para iniciar a criação do “Núcleo Artístico”19 e de um espetáculo que recebe o nome provisório de “(IN)acabada”. Em 2010 o C.P.T.A., integra o Projeto Usina das Artes20 na Usina do Gasômetro e estreia “(IN)acabada”21.

NOTAS
1. Ator, diretor, autor e produtor cultural, Alexandre Vargas, é fundador do C.P.T.A. - Centro de Pesquisa Teatral do Ator (2003/11) e do grupo Falos & Stercus (1991/2011). É o idealizador, coordenador geral e diretor artístico do Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre (2009/10/11). Ganhador da Bolsa Funarte de Residências em Artes Cênicas (2010). Graduando em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do RS-PUCRS. Autor do livro “Jantar Às Margens do Rio Cocito”, lançado em janeiro de 2007, Editora Bestiário. Escreve o “Caderno de Teatro” desde 2007 para a Revista ARTESESC, onde realiza entrevistas com expoentes da cena teatral. Diretor editorial e organizador do livro “Falos & Stercus/Ação & Obra–Uma Trajetória Marcada Por Inconformismo e Prazer”, lançado em setembro de 2009 na Fundação Iberê Camargo, Editora Bestiário. Realizou os seguintes estudos teatrais: “Desenvolvimento e Aprendizagem de Técnicas Teatrais para Deficientes Visuais” (1998/2001) — pesquisa sobre as diferenças entre a percepção e o processamento das informações mediante o tato e a potencialização sensorial. “CORPO-MENTE/Uma Fronteira Móvel” (2003) — estudo sobre a consciência corporal e a compreensão técnica e mecânica da ação física. Integrou o seminário “Teatro Contemporâneo: Para Além do Drama” (2010) — com Hans-Thies Lehmann, da Universidade de Frankfurt am Main, realizado pelo Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas da UFRGS, Instituto Goethe e Secretaria Municipal da Cultura. Convidado do evento de reciclagem para artistas de circo e teatro de diversos continentes, I’Ecole de Cirque Sol’Air, de Cherbourg-Ovteville na França (2006). Artista convidado do programa anual de reflexão teórico-prática que reúne artistas e intelectuais brasileiros e estrangeiros: Encontro Internacional de Teatro Contemporâneo PRÓXIMO ATO (2006/2007). Artista convidado da Semana Universitária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul–UFRGS, atividade comemorativa aos 50 anos do Departamento de Arte Dramática (DAD) e do Instituto de Artes, fala sobre “A importância da Escola Teatral na Formação dos Atores” (2007). Artista convidado para falar sobre o “Processo de Criação na Literatura e no Teatro”, na cadeira de Literatura e Outras Linguagens – Coordenação da Professora Leny Gomes na UniRitter (2007). Na sua formação destaca os teatrólogos: Andrew Tsubaki, professor do Departamento de Teatro e Cinema, Culturas e Línguas Orientais, Universidade de Kansas (EUA). Andréas Sippel, especialista em expressão corporal e treinamento da voz, professor da Escola Superior de Falkenberg-Alemanha. Bruno Tackels da Universidade de Rennes 2. Béatrice Picon-vallin. Centro Per La Sperimentazione e La Ricerca Teatrale de Pontedera (Itália) Cacá Carvalho. David Jubb da Central School’s Lion and Unicorn Theatre do Reino Unido. Eugenio Barba e Júlia Varley do Odin Teatret. Estudou na Escola Nacional de Circo (1999). Gianni Ratto, Gerd Bornheim, Helga Finter, Igedore G. Villaça Koch. Improbable (Reino Unido) com Julian Crouch, Phelim Mcdermott e Lee simpson. International School of Theatre Anthropology (ISTA), Ian Watson (EUA), José A. Sánchez da Universidad Castilla-la-Mancha da Espanha. Judith Malina, Ilion Troya e Hanon Reznikov do Living Theatre. Oscar Cornago, Thomas Leabhart, Teatro Tascabile di Bergamo e Yoshi Oida do Centro Internacional de Pesquisa Teatral, dirigido por Peter Brook.. Autor e diretor do espetáculo (In)acabada (2010/C.P.T.A.). Atuou em Hybris (2010/F&S) Prêmio Funarte Myriam Muniz de Teatro 2009. Atuou em A Força do Hábito (2003) peça de Thomas Bernhard e direção de Luciano Alabarse, por esse trabalho foi Indicado ao Prêmio Açorianos de Melhor Ator (2003). É ator e co-autor da peça A Escrita de Borges (2001/F&S), melhor espetáculo eleito pelo juri popular (2002), Prêmio Funarte de Artes Cênicas de 2001. Autor e diretor do espetáculo Aqui o Tempo é Outro (2008/C.P.T.A.). Autor e diretor de Os Sobreviventes: James Beckett e Samuel Joyce (2006/C.P.T.A.). Dirige a Performance Narciso envelheceu (2004/C.P.T.A.). Atuou em Mithologias do Clã (1999/2010F&S), participa do 17° International Workshop Festival na Inglaterra. Atuou em O Clã Destino (1998/F&S) Indicado ao Prêmio Açorianos de Melhor Ator (1998). Atuou em A Púrpura Fulminante (1998), espetáculo demonstração com direção de Luiz Carlos Vasconcellos. Em Farsa Trágica (1995/F&S) é indicado a Melhor Ator ao Prêmio de Artes Cênicas do Estado do Rio Grande do Sul – SATED (1995). Participa do 2º Porto Alegre em Buenos Aires. Em PM II - Os Heróis da Candelária? (1993/F&S), é indicado como Melhor Ator ao Prêmio de Artes Cênicas do Estado do Rio Grande do Sul – SATED(1993). Cantata São Paulo (1993), direção de Judith Malina do Living Theatre e Produção Secretaria de Cultura de SP. No cinema atuou em Menos que Nada (2010/11), longa metragem de Carlos Gerbase. 3Efes (2007), longa metragem de Carlos Gerbase. Pela Rua (2002), baseado na poesia urbana de Ferreira Goulart. A Festa de Margareti (2002), longa metragem com direção de Renato Falcão, lançado no Havana Film Festival – New York. Mitologias do Clã (2000), direção de Jaime Lerner. TV: Protagoniza na RBS TV a série Histórias Extraordinárias: O Anjo de Uruguaiana (2007), direção: Carlos Ferreira. Adaptação para a TV da novela A Noite (2005) de Érico Veríssimo, programa especial 5 X Érico da RBS TV, em comemoração dos 100 anos do escritor, direção: Gilson Vargas. Protagoniza na RBS TV a série Histórias Extraordinárias: A Lagoa da Música (2002), direção: Carlos Ferreira.

2. Estudo do sistema ritual e simbólico dos cantos, do corpo no espaço e nos templos dos rituais de iniciação que precediam a figuração metonímica dos Estados Modificadores da Consciência, presentes nas casas de religião. O projeto consolidou-se na justaposição da análise da atmosfera plural – plástica, sonora, corporal - desses elementos com o estudo da consciência corporal e da compreensão do movimento físico dentro do teatro. Desenvolvida durante 12 meses e financiada pela Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre.

3. Professor de Workshops, Cursos e Oficinas de Interpretação na Europa e nos Estados Unidos. De trabalho amplo e profundo na experiência da representação, não só no Oriente e do Ocidente, mas também do tradicional e do experimental, do texto escrito e do improvisado, do cinema e do palco, do corpo e da voz, como ator, professor e diretor. Esse extraordinário alcance de habilidades que o torna único e especialmente qualificado para falar sobre o ofício do ator, contribuiu para o processo de construção do C.P.T.A.

4. A performance se utiliza de fragmentos das obras A Era do Vazio (1983), O Império do Efêmero (1987) e O Crepúsculo do Dever (1992), ambas do filósofo Gilles Lipovetsky. Sinopse: Narciso perdeu o seu rumo, ao se ver no espelho, está velho e não sabe o que fazer.

5. Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural de Porto Alegre – FUMPROARTE, tem por objetivo estimular a produção artístico-cultural no Município.

6. O espetáculo recorre aos textos de James Joyce (Ulisses) e Samuel Beckett (Esperando Godot), mas não como meta e sim como estímulo de encenação, como motivo para trabalhar a linguagem e não um texto pré estabelecido para a cena. Sinopse: Uma pequena multidão de seres iguais, engendra uma procissão em 4 atos: I) Eles não têm a palavra, II) O público tem a palavra, III) A fábula é contada pela metade, IV) Você ousa pensar?.

7. Diretor e ator. Intérprete e performer, ligado à antropologia teatral, um dos fundadores do grupo LUME. Estudou no Institut d'Etudes Theatrales da Sorbonne Nouvelle, Paris, França. Inicia-se na Antropologia Teatral, através de um estágio com Tereza Nawrot, aprofundado com Togeir Wethal e Roberta Carreri, no Odin Theatr de Eugenio Barba. Em 1985, obtém o mestrado na Sorbonne Nouvelle com uma tese sobre formação do ator. Nos três anos seguintes, faz cursos de mímica nas escolas de Etiènne Decroux e Jacques Le Coq, além de dança moderna com Cynthia Briggs. Torna-se membro da International School of Theatre Anthropology, ISTA, em 1992. É o tradutor das publicações: “Além das Ilhas Flutuantes” e “A Arte Secreta do Ator - dicionário de antropologia teatral”, ambos escritos por Eugenio Barba.

8. Um dos fundadores da Escola Piollin de João Pessoa. Realizou estudos no Laboratório Internacional de Atores do Odin teatret, da Dinamarca entre 1988 e 1989. Como diretor de teatro tornou-se conhecido no começo da década de 90, quando sua adaptação e montagem de “Vau da Sarapalha”. Recebeu vários prêmios - inclusive o Prêmio da Associação Internacional de Críticos de Teatro – AICT de 1994.

9. Em 1985, com Luis Otávio Burnier, funda o LUME - Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais, UNICAMP. Desenvolveu pesquisas de Antropologia Teatral e Cultura Brasileira, elaboração, codificação e sistematização de técnicas corpóreas e vocais de representação para o ator. É ator desde 1989, do Grupo Internacional Farfa - Odin Teatret da Dinamarca, sob orientação de Iben Nagel Rasmussen. Tradutor, em parceria com Luís Otávio Burnier e Ricardo Puccetti, dos livros: "Além das Ilhas Flutuantes" e "A Arte Secreta do Ator" de Eugenio Barba.

10. Diretor. Encenador ligado ao Teatro da Vertigem, grupo que tem como marca a encenação em espaços não convencionais, bem como a pesquisa e construção dramatúrgica a partir de temas ligados à ética e religiosidade. Idealizador e realizador da Trilogia Bíblica, conjunto de três espetáculos marcantes da década de 90: “O Paraíso Perdido”, 1992; “O Livro de Jó”, 1995; “Apocalipse 1,11”, 2000.

11. Teatrólogo brasileiro, fundou o grupo Tá na Rua, um dos mais importantes grupos de teatro experimental do Rio de Janeiro. Sempre defendeu um teatro pautado pela critica social e reflexão. Com Zé Celso Martinez Correa e Renato Borghi, criou em 1958 o Teatro Oficina, hoje em atividade com o nome de Uzyna Uzona.

12. Protagonizou papéis marcantes no teatro contemporâneo brasileiro: “Trilogia Kafka”,”Eletra Con Creta”, “The Flash and Crash Days”,”O Império das Meias Verdades”, entre outros.

13. O espetáculo “Aqui o tempo é outro” forma as figuras e a geografia de uma história incessantemente reinventada. A tessitura da peça é arquetípica, com uma poética de atemporalidade e desestruturação do dizer. As conversações em nada desembocam. Já não se ouve, nem se vê. A noite perde sua história, sua cor e seus cantos. A desarmonia entre o narrativo e o dramático, traçam um conjunto de caminhos. O ator/personagem busca compor um percurso, um trajeto, mas só percorre tal ou qual caminho exterior em virtude dos caminhos e trajetórias interiores. Conceito e direção: Alexandre Vargas. Texto e atuação: Adriana Schneider, Ana Rodrigues, André Arieta, Amanda Bischoff, Daniela Alves, Diana Corte Real, Fabíola Rahde, Fernanda Possamai, Gabriel Ketzer, João Quaresma, Luiz Rosenhaim, Magda Schiavon, Marcos Rangel, Rogério França, Sirlei Karczeski e Sinara Terra. Luz: Deivison Keller Trindade. Organização de Trilha Pesquisada: Gabriel Ketzer. Produção: C.P.T.A.

14. Doutor em Educação pela USP, realizou estágio no centro de Sociologia do Teatro da Universidade de Bruxelas e no Théâtre La Montagne Magique, na Bélgica, que desenvolvem pesquisas acerca da formação de espectadores. Coordena o INERTE (instável Núcleo de Estudos de recepção teatral), e publicou os seguintes livros. A Pedagogia do Espectador. São Paulo, Huitec, 2003; e Pedagogia do Teatro: Provocação e Dialogismo. São Paulo, Hucitec, 2006.

15. Na década de 1970, estrelou a montagem histórica de Macunaíma, dirigida por Antunes Filho. Mantém intenso trabalho criativo junto à Fondazione Pontedera Teatro, na Itália, tendo ali estabelecido a profícua parceria com Roberto Bacci, diretor responsável pelas duas montagens do ator sobre a obra de Pirandello.

16.A pesquisa se propõe a compreender como se constrói a autonomia na prática teatral do ator. Investiga que meios os atores do Centro de Pesquisa Teatral do Ator - SESC/C.P.T.A. - utilizam na busca por autonomia em seu fazer. O estudo utiliza conceitos referentes à preparação do ator, ao processo criativo, à conscientização de si e à autonomia. É embasado em autores como Eugenio Barba, Flavio Desgranges, Gilberto Icle, Peter Brook e Yoshi Oida, entre outros. Durante o período de 29 de agosto a 17 de dezembro de 2008, foram realizadas as observações, registros fotográficos, anotações em diário, e entrevistas com os integrantes e com o coordenador do grupo. É analisada a elaboração de uma cena realizada por alguns de seus integrantes, assim como as relações de liderança. Ao final, são feitas considerações a cerca da metodologia de trabalho utilizada e os caminhos que ela propõe. Percebe-se que a trajetória indicada pelo treino físico, criativo e da cena para o jogo com o meio, com o outro e consigo próprio promove a consciência necessária para aquisição de autonomia. Sobretudo, constata-se que a autonomia está intimamente ligada à forma como se dá o processo criativo e como se efetuam suas escolhas.

17.Realiza um estudo sobre a proposta de trabalho desenvolvida no Centro de Pesquisa Teatral do Ator – C.P.T.A., e seu funcionamento enquanto grupo, relacionando essa prática a tendências e metodologias do fazer teatral contemporâneo.

18.As visões, e audições de “Aqui o tempo é outro” formam as figuras de uma história e de uma geografia incessantemente reinventadas. A tessitura é arquetípica, com uma poética de atemporalidade e desestruturação — as histórias em nada mais desembocam, já não se ouve nem se vê, exceto uma noite que perdeu sua história, suas cores e seus cantos. A desarmonia entre o narrativo e o dramático traça um conjunto de caminhos. Conceito e direção de Alexandre Vargas. Texto e Atuação: Adriana Schneider,Ana Rodrigues, André Arieta, Amanda Bischoff, Daniela Alves, Diana Corte Real, Fabíola Rahde, Fernanda Possamai, Gabriel Ketzer, João Quaresma, Luiz Rosenhaim, Magda Schiavon, Marcos Rangel, Marri Teresinha, Rogério França, Sirlei Karczeski e Sinara Terra. Luz: Deivison Keller Trindade. Organização de Trilha Pesquisada: Gabriel Ketzer.

19.Atores que integram o Núcleo Artístico do C.P.T.A.: Rita Réus, atriz e arte educadora graduada em teatro pela UERGS e Especialista em Pedagogia da Arte, pela UFRGS. Gabriel Ketzer, ator e graduando em Educação Física (bacharelado) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Sirlei Karczeski, atriz e graduanda em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Pelotas. Diana Corte Real, atriz graduada em pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ana Lúcia Rodrigues, atriz gradua em licenciatura Plena: Educação Física, UNILASSALE.

20.Desenvolvido pela Secretaria Municipal da Cultura, surgiu em março de 2005, em torno da idéia do "território cultural". Com o objetivo de dinamizar o Centro Cultural Usina do Gasômetro, diversos grupos de teatro, dança e música passaram a utilizar os espaços como local para pesquisa, produção e circulação de novas linguagens cênicas. O projeto é uma parceria entre poder público, classe artística e empresas privadas.

21.A encenação de (In)acabada arma-se num ecoar permanente de espaços e tempos, uns sobre os outros, como se o mundo só pudesse mostrar seu mistério sem permitir que o sentido repouse. Essa situação põe a peça em sintonia com o drama dos personagens diante da irrealização. O fracasso e a frustração, o esquecimento e o sentimento de não poder ir a lugar nenhum fazem deles, por oposição, personagens dramaticamente realizados e universais.

Obtido em "http://www.spescoladeteatro.org.br/enciclopedia/index.php/C.P.T.A._%E2%80%93_Centro_de_Pesquisa_Teatral_do_Ator"
Categoria: GruposAcessos
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sábado, 23 de abril de 2011

Crítica de Antonio Hohlfeldt


Para além da tv: Teatro para ver e pensar...

Houve um tempo em que ir ao teatro era uma atividade social, que se fazia antes ou depois do jantar, conforme a temperatura de fora. Mas o teatro também pode ser visto enquanto um modo de comunicação e de expressão, que leva o sujeito - social - a refletir sobre sua realidade e o entorno. Assim pensou Aristóteles, e por isso idealizou o teatro enquanto catarse e mimese. Muitos outros filósofos e teóricos desenvolveram teorias semelhantes ou contrárias, como Bertolt Brecht, para quem o teatro não deveria impedir a ação do espectador no seu cotidiano, após refletir sobre sua realidade a partir do espetáculo. É claro que este tipo de espetáculo é mais difícil e nem sempre alcança o grande público. O que significa que artistas e grupos que se dedicam a ele precisam de apoio, apoio que surge em geral a partir do Poder Público, porque isso faz parte da cidadania.

O leitor talvez estranhe este “nariz de cera”, mas ele se faz necessário para que se possa bem entender e avaliar a proposta do ator e agora diretor Alexandre Vargas, que muitos conhecemos do grupo Falos & Stercus. Estreado em dezembro do ano passado, só agora pude assistir, a convite, o trabalho (In)acabada, que se encontra na sala 505 da Usina do Gasômetro. Quatro atrizes e um ator - Ana Rodrigues, Diana Corte Real, Rita Réus, Sirlei Karczeski e Gabriel de Negreiros - vivem personagens que pouco ou nada têm entre si, em textos fragmentados e fragmentários, que o espectador - também dividido em cadeiras distribuídas no pequeno espaço cênico, que garante a proximidade com o elenco - acompanha, com expectativa, curiosidade, adesão ou contestação. Baseado em obra plástica de Alex Fleming, o espaço cênico escuro, marcado apenas pelos focos de iluminação, engolfa a todos. Os atores quase que contracenam com o espectador, sentado em cadeiras embaladas em plástico. Uma personagem em divã ali permanece ao longo de todo o texto, que semelha um ritual - gratuito, de mergulho no sentido humano - que aparentemente chega a nada.

Posso discordar ou discutir o conceito. Na noite em que estive, a atriz Sandra Dani observou que, no início, havia certa expectativa, depois ela se acostumou e o interesse pelo espetáculo, de cerca de uma hora de duração, diminuiu. Os jovens espectadores, ao contrário, expressaram que durante todo o trabalho estiveram atentos e interessados. Quem tem razão? Eu diria que ambos: para quem conhece menos o teatro, tudo é surpresa. Para quem conhece o que significa a encenação, a exigência é maior. Um ano de preparo, por exemplo, para se chegar a este resultado, é um fato que só raros grupos são capazes de enfrentar, quer pela falta de finanças, quer pela própria dificuldade da concentração. Por outro lado, isso resulta num domínio quase absoluto da fala, do gesto corporal, da precisão da palavra expressa, nas alternâncias entre cada personagem vir à cena e manifestar-se, no ritmo controlado mas não arrastado do trabalho. Contudo, há que se considerar que, se, de fato, a palavra e o que ela expressa é o interesse maior de Vargas, ele dirige um espetáculo cênico e, portanto, o espaço ocupado pelo ator, o modo pelo qual ele se apresenta e movimenta, a luz e o som, tudo isso é fundamental até para reforçar a palavra. Ele sabe disso, com certeza. Mas precisa avançar. Neste sentido, imagino que a personagem “a narradora na sarça”, que ali fica durante todo o tempo, poderia ser mais dinâmica, não reduzindo seu movimento ao final do espetáculo. Alguém sugeriu trocas nos espaços ocupados pelos personagens: é uma alternativa. Seja como for, o que registro aqui é que Alexandre Vargas teve a coragem de propor e de se aprofundar no significado do que seja o teatro e, ao mesmo tempo, naquilo que ele pode expressar. Agora, ele tem de avançar quanto ao modo de fazê-lo. Tendo acesso ao texto, como tive, posso imaginar que, a partir desse texto, aparentemente fixado, possa-se abrir mais o espetáculo, até para atingir mais forte e dinamicamente o público. De qualquer modo, é muito bom saber que jovens realizadores querem fazer teatro para além da comum sintaxe da televisão.

quarta-feira, 30 de março de 2011

CPTA volta em cartaz na Usina...


CPTA na Usina com a peça IN'ACABADA às 21:00, sala 505, na Usina do Gasômetro...ingressos à venda no local(10,00)